quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Janela Indiscreta


Naquela janela indiscreta

Por causa do esquecimento.

Depois de um banho arrojado

Na lembrança do talento

Deixou de vestir a calcinha

Para cobrir o tormento


Correu para o parapeito

Pra vê o palhaço do Circo

Que andava de carruagem

Em propaganda pra isso

Porém errou a janela

Foi pra varanda de risco


Parou palhaço e povão

Pra ver a coisa arrojada

Ficaram olhando pra cima

Para aquela bela papada

Uns diziam: que bicho é?

Outros diziam: é uma vaca


Pessoas que ali passavam

Ficaram tão extasiadas!

Por tão breve aparição

Foram longas as suspiradas!

A jovem é talentosa!

Merece umas palmadas!


Logo a moça se deu conta

Com aquela trapalhada

Segurou a saia nas pernas

Esqueceu as caçoadas

Foi cuidar de se vestir

E cobrir a peça raspada

2 comentários:

  1. Uai Fidelis, fiquei tantas horas olhando pra riba nesta janela discreta, que agora saio pra rua olhando para riba. Pescoço num indireita mais.

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  2. Rsrsrsr... Delícia de distração, ri muito lendo o "relato do ocorrido"

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