Janela Indiscreta
Naquela janela indiscreta
Por causa do esquecimento.
Depois de um banho arrojado
Na lembrança do talento
Deixou de vestir a calcinha
Para cobrir o tormento
Correu para o parapeito
Pra vê o palhaço do Circo
Que andava de carruagem
Em propaganda pra isso
Porém errou a janela
Foi pra varanda de risco
Parou palhaço e povão
Pra ver a coisa arrojada
Ficaram olhando pra cima
Para aquela bela papada
Uns diziam: que bicho é?
Outros diziam: é uma vaca
Pessoas que ali passavam
Ficaram tão extasiadas!
Por tão breve aparição
Foram longas as suspiradas!
A jovem é talentosa!
Merece umas palmadas!
Logo a moça se deu conta
Com aquela trapalhada
Segurou a saia nas pernas
Esqueceu as caçoadas
Foi cuidar de se vestir
E cobrir a peça raspada
Uai Fidelis, fiquei tantas horas olhando pra riba nesta janela discreta, que agora saio pra rua olhando para riba. Pescoço num indireita mais.
ResponderExcluirRsrsrsr... Delícia de distração, ri muito lendo o "relato do ocorrido"
ResponderExcluir