O namoro reservado
Nessa temática de Namoro Reservado, é aonde entra o poeta:
Antigamente Chauffeur (chofé)
Só guiava caminhão
Hoje quem é namorado
Tem a mesma profissão
Chumbrega e toca a buzina
Com seis meses olha o buchão!
Namoro e Evolução para Casamento nos anos 70
Dia 19 de março, festa de São José em cidade interiorana tipo
Chã Grande, Amaraji, Rio Largo. Bigodinho vem ter o primeiro contato com a
família de Sinforosa, moça que conheceu nessa festa de rua. Chega aí pelas 5,
30 h da tarde, encontra a sogra desolhando milho no pilão para fazer o mungunzá.
Toma o serviço e vai se aclimatando.
Toma o café da noite (jantar no interior), Pato Verdadeiro ao modelo de
guisado. Para encarar “pato verdadeiro” é preciso que o cabra não carregue
nenhuma doença do mundo a exemplo de: 4ª Venérea, Mula de Rabo ou Fogagem,
doença mais comum de herança dos fuás das cidades.
O Velho, pai da moça, está aí, deixa o serviço de verificação com a velha, mãe
de Sinforosa, dona Maria Isabel.
Acabou o café, Bigodinho encarou a comida reimosa o Pato, aí vai prosear com a
namorada que arrumou na última festa da cidade, festa de rua.
Lá pelas 9 da noite, Bigodinho pega o cavalo amarrado num dos esteios do
alpendre e vai embora, depois de uma boa noite de despedida.
Dona Maria Isabel vai em cima da filha: E aí Sinforosa, o cabra deu serviço?
Pegou em alguma coisa? Oxe, mãe! Já lhe disse que sou uma menina de vergonha.
Lá vem outro sábado e Bigodinho está por lá as 5, 30 h. Dessa vez uma torrada
de café no caco e já as voltas com o Pilão Dona Maria Isabel entrega para o
futuro genro pisar o café. Bigodinho é bom no assunto fez um serviço aprimorado
e está aí ganhando a simpatia da velha. O ditado diz que quem vai para conversa
é mãe de moça!
No café da noite (jantar) o prato foi peixe de rio desse tipo carregado, peixe
de couro, “Jundiá Açu”. Só come quem tiver limpinho da silva. A mãe de
Sinforosa ficou satisfeita, piscou o olho para o Velho Thiago do outro lado da
mesa.
Chega a hora da camaradagem e o casal fica aí numa boa até as 9, 30h. padrão do
costume da casa.
Bigodinho dessa vez deixou o cavalo selado debaixo do Pé de Carambola, montou e
foi embora. Dona Maria Isabel chegou para a filha no sussurro e pergunta: E
hoje, ele passou a mão, pegou em alguma coisa? Oxe, mãe! Já lhe disse que sou
moça de respeito, até encabaçada “virgem” ainda estou!
Na 3ª semana Bigodinho chegou mais tarde, veio só para espiar para Sinforosa,
demorou pouco, mesmo assim a velha repetiu a mesma pergunta: E aí, dessa vez
ele pegou em alguma coisa? Ouvindo a resposta negativa novamente, disse: Oxe
menina, se ele não pegou em nada, é você que pega!
Morri com esse final! Muito boa estória.
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