sábado, 30 de outubro de 2010
A Cobra e a Comadre
O compadre nem se lembra
Da grande cobra que tem
Vive ali na sua tenda
Sem ligar para ninguém
Comadre pelo contrário
Vive de olho no Zé
Ligada com o horário
De fazer o mereré
Comadre chora da luta
Que sem uso tem vivido
Já se acha uma viúva
Mesmo com marido vivo
Compadre com a comadre
Viviam bem pra sobrar
Foi quando numa tarde
O pau veio a quebrar
Aparece uma moça pronta
Com o nome de Severina
Comadre nem se afronta
Com as feições da menina
Comadre na gravidez
E compadre satisfeito
Severina por sua vez
Só pensava num jeito!
Severina com o belo rabo
Endoideceu o compadre
Comadre no rio a nado
Nem se deu com a novidade
O compadre se animou
Com a bela Severina
Esta a barriga inchou
Pra desespero da menina
Ralhou comadre a menina
Pra que o compadre ouvisse
Pensou então Severina
Chamou a comadre e disse:
“Eu mesma vi a Bela(cobra)
Que mordeu minha comadre
Eu vi a rodilha dela
“Na braguilha de compadre”
Disse comadre ao compadre
Esta cobra era pra eu
Fosse dar aquela beldade
Aquilo que era meu.
Maceió, 06 de janeiro de 2004
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