De volta a Não Pensei
Severino Fidelis de Moura
Birino
Fazendo nova visita, ao lugar que fui criado,
Imagino o nosso pai retornando da sua última viagem.
Recordaria com certeza, os temores e as lutas do passado!
E visse, a vista descortinando tudo aquilo ali!
O Rio, e a correnteza, Pinguela de concreto armado!
Como ficaria impressionado, pois ele só tinha o Bulandi?
Hoje o filho também recorda, passagem de rio cheio.
Cortejando a filha alheia, do outro lado da correnteza.
Conquistou-a para si, botou sua mãe nos asseios!
Deixando-a na cidade, em nova casa arreada, bem guardada.
Ela nunca gostou. Aceitou, foi um impacto medonho!
Voltou ao sítio para passear, também, fez última caminhada!
Luz elétrica, milho, e feijão de corda, roças a descoberto!
Os pais da cara metade, se voltassem estranhariam,
Os produtos da evolução, “dos sem terra e dos sem teto”.
Mudou muito, Usina de Cana, fumaça e poluição, entulho!
. Lá era Terra para gaviões, macaco guariba e caipora,
Fazendo trança em cavalos, e cachorro fazendo barulho
Brincando de fazer prosa
Impossível eu voltar mais
Razões eu tenho de sobra
Indomável saudade de tudo
Não posso marcar presença
Oh! Vinte e cinco de outubro!
E
Digo com o meu artifício
Aquilo que Birino ousa
Inda falta muita coisa,
A descrever lá do Sítio.
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