sábado, 30 de outubro de 2010

De volta a Não Pensei "O engenho"


De volta a Não Pensei

Severino Fidelis de Moura

Birino



Fazendo nova visita, ao lugar que fui criado,

Imagino o nosso pai retornando da sua última viagem.

Recordaria com certeza, os temores e as lutas do passado!

E visse, a vista descortinando tudo aquilo ali!

O Rio, e a correnteza, Pinguela de concreto armado!

Como ficaria impressionado, pois ele só tinha o Bulandi?

Hoje o filho também recorda, passagem de rio cheio.

Cortejando a filha alheia, do outro lado da correnteza.

Conquistou-a para si, botou sua mãe nos asseios!

Deixando-a na cidade, em nova casa arreada, bem guardada.

Ela nunca gostou. Aceitou, foi um impacto medonho!

Voltou ao sítio para passear, também, fez última caminhada!

Luz elétrica, milho, e feijão de corda, roças a descoberto!

Os pais da cara metade, se voltassem estranhariam,

Os produtos da evolução, “dos sem terra e dos sem teto”.

Mudou muito, Usina de Cana, fumaça e poluição, entulho!

. Lá era Terra para gaviões, macaco guariba e caipora,

Fazendo trança em cavalos, e cachorro fazendo barulho

Brincando de fazer prosa

Impossível eu voltar mais

Razões eu tenho de sobra

Indomável saudade de tudo

Não posso marcar presença

Oh! Vinte e cinco de outubro!

E

Digo com o meu artifício

Aquilo que Birino ousa

Inda falta muita coisa,

A descrever lá do Sítio.

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